Muito
Sociedade de poetas com sede de viver
Um dos berços do jovem poeta Zenildo César, a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA) nasceu sob o signo do idealismo. A ideia partiu do jornalista Paulo Augusto, em conjunto com os poetas Pedro Grilo, Mery Medeiros, Pedro Jacó e Zé Gonçalves. Desde sua fundação, há 13 anos, a SPVA encontrou abrigo na Fundação Capitania das Artes (Funcarte). Segundo os membros da instituição, foram expulsos do local há dois anos. Atualmente, a Escola Estadual Winston Churchill, em Cidade Alta, é o local onde os poetas recitam com liberdade seus versos. Sempre aos sábados, a partir das 17h.
"Acolhemos desde o iletrado aos grandes poetas. Não temos restrição. Nem mesmo na forma poética", garantiu a professora Geralda Efigênia. A descoberta do Zenildo César, quando ele tinha 17 anos, foi algo que impactou todo o grupo. O mais novo dos poetas potiguares se tornou um menino prodígio. "Ele era muito tímido no princípio, mas com um grande ideal. Tão jovem, mas com ideias tão maduras", relatou Geralda. A professora diz que hoje ojovem poeta se solta nos palcos, solfejando as citações inteligentes. Poemas grandes e profundos, filosóficos, que perpassam pelos estilos medieval e barroco.
Em relação aos trabalhos da Sociedade, através do convite da Secretaria Estadual de Educação, o conhecido cordelista José Acaci foi convidado para estabelecer o programa O Cordel na sala de aula, apoio que tem sido aproveitado com entusiasmo pela sociedade. Em breve, será lançado também "A história do Instituto Padre Miguelinho em cordel", relatando tudo sobre o local, desde 1912 até os dias atuais.
A entidade possui hoje 100 membros. Segundo Geralda, uns 50 são ativos e pagam a mensalidade de R$ 5 para projetos e metas, a exemplo da criação de uma sede à Sociedade. Beneficiados pelo Programa Djalma Maranhão, já conseguiram captação e está em curso a publicação da 4ª Antologia Poética da SPVA, além da fundação da Editora SPVA, com selo próprio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário