Visitas Monitoradas pelo Google!

quinta-feira, 19 de março de 2015

POR QUE A SUA ARTE É A NOSSA ARTE



O dia de comemoração à Poesia, 14 de março, foi incrível! Assistimos a manifestações grandes e pequenas, pipocando por todos os recantos de nosso estado. 
Participei de eventos em Tenente Laurentino, Currais Novos, São Paulo do Potengi e Natal. Na capital, fui incumbido de tratar das perspectivas literárias e poéticas, numa mesa de discussões da SPVA – Sociedade dos Poetas Vivos e Afins. E foi muito interessante. Apresentei o meu olhar sobre um presente-futuro. Com certeza, uma visão desejosa, inspirada em articulações poéticas que borbulham por aqui, na observação atenta de cenários e potencialidades.

Acabei abrindo uma boa discussão sobre o que é “nosso” na Arte. Sugeri que o movimento poético poderia significar uma identidade. Basicamente, traduzi como “nosso” aquilo que originamos, e propagamos, em forma de música, dança, teatro, prosa e poesia. Alguns amigos mais cuidadosos e atentos alertaram (com toda razão) que a Arte é universal. 

Aguardei por vozes que aproveitassem o mote, e acolhessem o Movimento Potiguar de Poesia. Não estamos apenas num território geográfico. Estamos em nossa terra, nosso chão. Escrevemos para o mundo? Sim e não. Ninguém, nem os gênios escreveram para o mundo. O mundo os adotou. Às vezes, nutrimos certo medo, em relação à pecha regionalista. Natural, digamos. Eu também me recinto do mesmo mal.

Mas, podemos ser unos, enquanto diferentes. Podemos ser caravana, ser movimento. Nossas expressões são partes de um mosaico (potiguar), mesmo que componham outros mosaicos, específicos ou amplos.

Não desprezemos o sentimento de origem. Não desprezemos a oportunidade de passar os braços, entrançá-los, ombro a ombro. Iguais e tão diferentes, certamente. Mesmo que no artista lateje instintos de individualidade. A sua arte é a nossa Arte. Há afinidades. Do cordel ao concretismo, do religioso ao cético, do elaborado ao improvisado, do bom ao ruim (que Deus nos proteja dessas definições).

Eu sou filho de Aluísio e Didi, de São Paulo do Potengi, meus costumes, minha mente, meus pensamentos refletem o que vejo, toco, cheiro, ouço, leio, o tudo que vivo e já vivi. Sou potiguar, escrevo como tal, isso não me vai mesmificar, nem me desuniversalizar. 
Se gosto de provocar? Este chamamento (que retoca as concepções teóricas de universalidade) já é uma boa provocação...


ALUÍSIO AZEVEDO JÚNIOR

Um comentário:

  1. Parabéns, Aluízio! Excelente. Essa bandeira é responsável pela diferença. Continue a ousar e a congregar. Nossa terra agradece (e todos nós também). Meu carinho, respeito e admiração.

    ResponderExcluir

CLICK NAS IMAGENS ABAIXO!

http://lancamentosdelivros-da-spvarn.blogspot.com

http://lancamentosdelivros-da-spvarn.blogspot.com/    http://lancamentosdelivros-da-spvarn.blogspot.com/   http://lancamentosdelivros-da-spvarn.blogspot.com/   http://lancamentosdelivros-da-spvarn.blogspot.com/