Américo Pita
Ciano partiu ! . . . E, triste, eu penso:
o que há de ser de nós, tristes poetas !
Em nossas almas a tristeza e um pesar imenso . . .
Nossas poesias estão pobres e incompletas ...
Ao lembrar-me de ti, os olhos úmidos de pranto,
Eu tenho agora o coração suspenso,
Nos lábios a mudez, no olhar o espanto:
Ao lembrar-me de ti eu molho o lenço ...
E hoje desditoso e comovido,
Quando faço poesia me embaraço
Partiste para o Rio, meu querido,
E não pude te dar meu ultimo abraço.
Só nos resta rezar por tua alma
E saiba, meu querido, os amigos seus
Que prá você já bateram tanta palma,
Em vez de palmas, uma palavra - Adeus! . . .
Ciano partiu ! . . . E, triste, eu penso:
o que há de ser de nós, tristes poetas !
Em nossas almas a tristeza e um pesar imenso . . .
Nossas poesias estão pobres e incompletas ...
Ao lembrar-me de ti, os olhos úmidos de pranto,
Eu tenho agora o coração suspenso,
Nos lábios a mudez, no olhar o espanto:
Ao lembrar-me de ti eu molho o lenço ...
E hoje desditoso e comovido,
Quando faço poesia me embaraço
Partiste para o Rio, meu querido,
E não pude te dar meu ultimo abraço.
Só nos resta rezar por tua alma
E saiba, meu querido, os amigos seus
Que prá você já bateram tanta palma,
Em vez de palmas, uma palavra - Adeus! . . .